O quase desconhecido Zenit voltou a surpreender. Desta vez, o feito resultou na maior conquista de sua história. Com um futebol eficiente, o elenco russo derrotou os escoceses do Rangers por 2 a 0, nesta quarta-feira, em Manchester (ING), e assegurou o inédito título da Copa da Uefa.
Assim, torna-se o segundo clube russo a vencer o torneio continental --antes, o CSKA Moscou havia se sagrado campeão na temporada 2004/2005. A primeira expressiva conquista de um clube fundado na distante década de 20, aliás, não ocorreu por acaso. Pelo contrário. Provou dentro de campo ser a melhor equipe dessa edição.
A vitória diante de um rival que havia sofrido apenas em dois gols em oito jogos disputados nessa edição do torneio é apenas um prova dessa constatação. E mais: mostrou competência diante de rivais tradicionais. Após se classificar com dificuldades na fase de grupos --ficou em 3º lugar no Grupo A--, o time treinado pelo holandês Dick Advocaat desclassificou Villarreal, segundo colocado no Campeonato Espanhol, Olympique de Marselha e Bayer Leverkusen.
No entanto, a incontestável goleada sobre o Bayern de Munique (4 a 0), um elenco que dominou o futebol alemão nesta temporada, no segundo jogo das semifinais da Copa da Uefa foi uma espécie de "cartão de visitas" para comprovar a força de um time que não poupou dinheiro para se reforçar.
Para se ter idéia, mais de R$ 100 milhões foram investidos em contratações, graças à estatal russa Gazprom. E mais: outros R$ 400 milhões devem ser gastos na construção de um novo estádio para o clube. Porém, não foram apenas os gols do atacante Pogrebnyak, um dos artilheiros da Copa da Uefa (dez gols), ou a qualidade técnica de Andrey Arshavin, cobiçado pelo futebol inglês, que fizeram o Zenit ser visto com outros olhos.
O time também ficou conhecido pelos atos racistas de seus torcedores. Em seus jogos, costumam ofender rivais negros com faixas e cânticos racistas. Chegou a ser ameaçado pela Uefa de eliminação do torneio por causa de suspostos insultos no jogo contra o Olympique de Marselha. O próprio Dick Advocaat havia dito que sua torcida "não gosta de negros".
Russos são superiorem em campo
Preconceito à parte, o elenco russo manteve a postura ofensiva apresentada nessa edição da Copa da Uefa. Acima de tudo, mostrou uma melhor qualidade técnica. Mesmo sem seu principal atacante (Pogrebnyak), partiu para o ataque desde o começo da decisão. Logo aos 4min, por exemplo, em um rápido contra-ataque, Arshavin teve a chance de abrir o placar.
O Zenit tinha mais posse de bola e se arriscava constantemente ao ataque. Em todo o primeiro tempo, contabilizou dez finalizações, sendo quatro certeiras. No entanto, encontrou pela frente uma defesa bem postada e que entrou em campo com apenas dois gols sofridos em toda a sua participação.
Por outro lado, o Rangers tinha enormes dificuldades para chegar ao gol de Malafeev. O técnico Walter Smith sabia da necessidade de uma mudança de estratégia. Não adiantava ficar apenas atrás. Por isso, retornou diferente do intervalo e começou a atacar. E quase balançou as redes.
Aos 7min, Darcheville exigiu uma difícil defesa do goleiro da equipe russa. Entretanto, apesar de uma ligeira queda de rendimento, o Zenit ainda era mais perigoso. Por pouco não abriu o placar, aos 19min, num chute de longa distância de Arshavin. Para seu azar, Papac evitou quase em cima da linha.
A partir daí, os russos retomaram o domínio do jogo. E não demorou a ser premiado com o seu gol. Aos 27min, Denisov passou no meio de dois defensores do Rangers e tocou na saída do goleiro Alexander. Três minutos mais tarde, Arshavin, um dos craques do time, esteve bem próximo de ampliar.
O Rangers ainda tentou esboçar uma reação, mas mostrava limitações técnicas no ataque. Para piorar, sofreu o segundo, nos acréscimos, anotado por Zyrianov e que significou a conquista da Copa da Uefa.
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Assim, torna-se o segundo clube russo a vencer o torneio continental --antes, o CSKA Moscou havia se sagrado campeão na temporada 2004/2005. A primeira expressiva conquista de um clube fundado na distante década de 20, aliás, não ocorreu por acaso. Pelo contrário. Provou dentro de campo ser a melhor equipe dessa edição.
A vitória diante de um rival que havia sofrido apenas em dois gols em oito jogos disputados nessa edição do torneio é apenas um prova dessa constatação. E mais: mostrou competência diante de rivais tradicionais. Após se classificar com dificuldades na fase de grupos --ficou em 3º lugar no Grupo A--, o time treinado pelo holandês Dick Advocaat desclassificou Villarreal, segundo colocado no Campeonato Espanhol, Olympique de Marselha e Bayer Leverkusen.
No entanto, a incontestável goleada sobre o Bayern de Munique (4 a 0), um elenco que dominou o futebol alemão nesta temporada, no segundo jogo das semifinais da Copa da Uefa foi uma espécie de "cartão de visitas" para comprovar a força de um time que não poupou dinheiro para se reforçar.
Para se ter idéia, mais de R$ 100 milhões foram investidos em contratações, graças à estatal russa Gazprom. E mais: outros R$ 400 milhões devem ser gastos na construção de um novo estádio para o clube. Porém, não foram apenas os gols do atacante Pogrebnyak, um dos artilheiros da Copa da Uefa (dez gols), ou a qualidade técnica de Andrey Arshavin, cobiçado pelo futebol inglês, que fizeram o Zenit ser visto com outros olhos.
O time também ficou conhecido pelos atos racistas de seus torcedores. Em seus jogos, costumam ofender rivais negros com faixas e cânticos racistas. Chegou a ser ameaçado pela Uefa de eliminação do torneio por causa de suspostos insultos no jogo contra o Olympique de Marselha. O próprio Dick Advocaat havia dito que sua torcida "não gosta de negros".
Russos são superiorem em campo
Preconceito à parte, o elenco russo manteve a postura ofensiva apresentada nessa edição da Copa da Uefa. Acima de tudo, mostrou uma melhor qualidade técnica. Mesmo sem seu principal atacante (Pogrebnyak), partiu para o ataque desde o começo da decisão. Logo aos 4min, por exemplo, em um rápido contra-ataque, Arshavin teve a chance de abrir o placar.
O Zenit tinha mais posse de bola e se arriscava constantemente ao ataque. Em todo o primeiro tempo, contabilizou dez finalizações, sendo quatro certeiras. No entanto, encontrou pela frente uma defesa bem postada e que entrou em campo com apenas dois gols sofridos em toda a sua participação.
Por outro lado, o Rangers tinha enormes dificuldades para chegar ao gol de Malafeev. O técnico Walter Smith sabia da necessidade de uma mudança de estratégia. Não adiantava ficar apenas atrás. Por isso, retornou diferente do intervalo e começou a atacar. E quase balançou as redes.
Aos 7min, Darcheville exigiu uma difícil defesa do goleiro da equipe russa. Entretanto, apesar de uma ligeira queda de rendimento, o Zenit ainda era mais perigoso. Por pouco não abriu o placar, aos 19min, num chute de longa distância de Arshavin. Para seu azar, Papac evitou quase em cima da linha.
A partir daí, os russos retomaram o domínio do jogo. E não demorou a ser premiado com o seu gol. Aos 27min, Denisov passou no meio de dois defensores do Rangers e tocou na saída do goleiro Alexander. Três minutos mais tarde, Arshavin, um dos craques do time, esteve bem próximo de ampliar.
O Rangers ainda tentou esboçar uma reação, mas mostrava limitações técnicas no ataque. Para piorar, sofreu o segundo, nos acréscimos, anotado por Zyrianov e que significou a conquista da Copa da Uefa.
Fonte: UOL.COM.BR